domingo, 6 de janeiro de 2013

2013 chegou!


"O ano de 2012 nos trouxe muitas alegrias, muitos momentos de preocupações e também felicidades. Tenho muito somente a agredecer ao bondoso deus que tudo nos concede. Que no ano de 2013 os sonhos que não se concretizaram nos anos anteriores, possam se tornar realidade e florescer cada vez mais nossas vidas. Que em 2013 possamos nos aproximar mais de Deus e amar mais ao próximo, que Deus nos conceda paz, sabedoria, amor e nos ensine a perdoar todos os dias de nossas vidas, amém!"




O dia da Cirurgia

A cirurgia do Pedro depois de muitas delongas, aconteceu no dia 31/10/12 às 7h da manhã no Hospital Alvorada de Taguatinga. Chegamos bem cedo no hospital como havia pedido o Dr. Gustavo.
Às 5:30h da manhã a caminho do hospital. Em 31/10/2012
Levei Pedro para a sala de cirurgia, lá nos vestimos adequadamente e esperamos ser chamados para a sala. Poucos minutos depois chegou o momento. Meu coração estava apertado e meus olhos marejados, na sala de operação estava o Dr. Gustavo (Otorrino), mais a pediatra, o anestesista, o cardiopediatra e dois enfermeiros. Os médicos se apresentaram e o anestesista me explicou o que aconteceria diante dos meus olhos na hora da aplicação da anestesia, segundo ele eu deveria manter a calma, a anestesia seria aplicada em duas etapas, a primeira parte seria inalada e a segunda injetada na veia, porém, eu deveria manter a calma no momento da inalação, pois Pedro choraria muito e se debateria até desmaiar, mas tudo dentro da normalidade (deles, é claro!). Aconteceu tudo conforme ele me falou, mas confesso que meu coração ficou na boca ao ver meu filho lutando para se livrar da máscara, derrepente ele pára com os olhos bem arregalados e como se tivesse tendo uma parada cardíaca ele desmaiou. Cheguei ainda a ver meu filho tomando a outra parte da anestesia na veia e seu corpinho inerte sobre a maca, após esse momento uma enfermeira me conduziu até a sala de espera e horas depois voltou para me buscar para ver o meu filho novamente, foi uma grande alegria...pois esse era o momento crucial, ele deveria "voltar" da anestesia...e foi muito emocionante ouvir meu filho chorar...parecia um bebê...um chorinho pequeno, baixinho, rouco e muito insistente. Quando eu peguei ele no colo, ele não conseguia abrir os olhos, estava muito sonolento, mas teve força para arrancar todos os eletrodos que estavam monitorando seus batimentos cardíacos, arrancou sua batinha ficando nú e tremia muito de frio, seus músculos pareciam não lhe obedecer, ele se irritava cada vez mais e mesmo ainda sem conseguir abrir os olhos se jogou ao chão e não sabia o que fazer...os médicos me autorizaram a pegar ele no colo e mesmo eu, foi muito difícil acalma-lo, após 20 minutos ele se tranquilizou em meu colo, mas não deixou ninguém mais monitorá-lo, até então ficamos por mais uma hora na sala de recuperação e só depois fomos tranferidos para o quarto
Com a cirurgia do Pedro pude viver a experiência dentro de um centro de cirurgias, é muito assustador principalmente por não sermos da área de saúde, mas pelo que vi e ouvi "tudo é normal" mesmo sendo assustador. Pude perceber no meu filho e nos outros pacientes que o corpo luta para não morrer na hora da anestesia e é por isso que os pacientes reagem como se lutassem pela vida e ao retornar da anestesia a luta continua, pois eles sentem muito frio no corpo, os músculos não obedecem os comandos do cérebro, a dor e a fraqueza são companhias constantes na sala de recuperação, os enfermeiros tentam ao máximo promover segurança e bem estar a todos os pacientes dizendo que "está tudo bem", "é normal". Todos receberam jatos de ar quente e vários cobertores, inclusive meu filho, mas por se tratar de uma criança pequena, Pedro não quis conversa com nada e ninguém, em meus braços ele se aquietou, porém, seu corpo tremia muito e eu o abraçava com toda a minha força para acalmá-lo, cantava e repetia diversas vezes no seu ouvido "é a mamãe", "estou aqui", "mamãe te ama" até que adormeceu e a enfermeira pode cobri-lo com o cobertor e colocar novamente os eletrodos e o soro. 
Agradeci muito a Deus quando tudo voltou ao normal, depois que fomos para o quarto, Pedro parecia muito melhor, nem parecia que tinha acabado de "pular uma fogueira", ele sorria e brincava no berço, almoçou muito bem, lanchou e jantou e após esse dia de observação às 17h do mesmo dia eu e Fábio podíamos então retornar à nossa casa com nosso pequenino guerreiro em paz e reencontrar Paola que estava a nossa espera. 

Pedro no quarto após a cirurgia.

O dia foi tenso sim, cada momento era uma nova espectativa, mas foi um dia em que vi a fidelidade de Deus, mesmo às vezes eu não sendo tão fiel. Obrigada meu senhor, por esta grandiosa vitória.